domingo, 24 de agosto de 2014

ASSÉDIO REPRESENTA 44% DAS CASSAÇÕES DE REGISTROS MÉDICOS


O assédio sexual contra pacientes foi responsável por 44% das cassações de registros profissionais de médicos ocorridas no País desde 2009.

Os dados, inéditos, são do Conselho Federal de Medicina (CFM) obtidos pelos estados.

Divulgação De 2009 até julho deste ano, 61 médicos brasileiros perderam em definitivo o direito de trabalhar após serem julgados culpados pelo conselho por algum tipo de delito ético. 

Em 27 dos casos, mostram os dados, o motivo da cassação foi assédio sexual.

O recorde de cassações aconteceu em 2011, quando Roger Abdelmassih perdeu o registro após ser culpado pelo CFM nas investigações de violência sexual contra pacientes de sua clínica de reprodução assistida. 

Além de ser impedido de exercer a medicina, ele foi condenado pela Justiça a 278 anos de prisão por 48 estupros contra 37 pacientes.

Naquele ano, das 13 cassações referendadas pelo CFM, dez estavam relacionadas com denúncias de assédio sexual, o que representa 77% do total.

Nos outros anos, os casos de abuso foram responsáveis por, no máximo, 58% das cassações. 

Entre 2008 e 2013, foram 286 denúncias de assédio praticado por médicos em São Paulo. 

Desse total, 114 viraram processos éticos até agora, abertos quando o conselho constata que há, de fato, indícios do delito. 

As especialidades que registram o maior número de queixas de assédio são ginecologia, psiquiatria e clínica geral.

Até agora, 14 processos já foram julgados e em 11 casos o profissional foi considerado culpado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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