MORRE O POETA MANOEL DE BARROS
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Nascido em 1916 em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de
poesia, além de livros infantis e relatos autobiográficos.
Recebeu
diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis -em 1989, com
"O Guardador de Águas", e em 2002, com "O Fazedor do Amanhecer".
Manoel de Barros morava em Campo Grande com a mulher, Stella (com quem estava casado desde 1947) e a
filha, Martha.
A causa da
morte ainda não foi divulgada.
O escritor completaria 98 anos em 19 de
dezembro.
Ganhou dois prêmios Jabutis (por “O guardador de águas”, em
1989, e “O fazedor do amanhecer”, em 2002) e teve livros publicados em
Portugal, França, Espanha e Estados Unidos.
Em 1998, recebeu o Prêmio
Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto do seu
trabalho.
Sua obra mais conhecida é “O livro sobre o nada”, lançada em
1996, no qual aperfeiçoou o seu autodeclarado “idioleto manoelês
archaico” — uma linguagem própria criada para transmitir o desregramento
dos sentidos.
O autor, contudo, considerava seu primeiro livro,
“Poesias concebidas sem pecado”, de 1937, o melhor.
No documentário “Só dez por cento é mentira”, lançado em 2008 por Pedro
Cezar, indagado sobre como gostaria de ser lembrado, Manoel ri,
coça o peito e diz que a pergunta é cruel.
Já mais sério, fala que o
único jeito é pela poesia.
“A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece,
morre.
Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste.
Eis a ciência
da poesia: amarrar o tempo no poste”.
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