quinta-feira, 13 de novembro de 2014

MORRE O POETA MANOEL DE BARROS



Morreu por volta das 8h30 (horário local) desta quinta (13) o poeta mato-grossense Manoel de Barros. 

Ele tinha 97 anos e estava internado em um hospital de Campo Grande.
Barros estava há mais de uma semana na UTI do hospital Procon e havia passado por uma cirurgia de desobstrução do intestino.

                                           Reprodução/Internet

Nascido em 1916 em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia, além de livros infantis e relatos autobiográficos. 

Recebeu diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis -em 1989, com "O Guardador de Águas", e em 2002, com "O Fazedor do Amanhecer".
 
Manoel de Barros morava em Campo Grande com a mulher, Stella (com quem estava casado desde 1947) e a filha, Martha. 

A causa da morte ainda não foi divulgada. 
O escritor completaria 98 anos em 19 de dezembro.

Ganhou dois prêmios Jabutis (por “O guardador de águas”, em 1989, e “O fazedor do amanhecer”, em 2002) e teve livros publicados em Portugal, França, Espanha e Estados Unidos. 

Em 1998, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto do seu trabalho. 

Sua obra mais conhecida é “O livro sobre o nada”, lançada em 1996, no qual aperfeiçoou o seu autodeclarado “idioleto manoelês archaico” — uma linguagem própria criada para transmitir o desregramento dos sentidos. 

O autor, contudo, considerava seu primeiro livro, “Poesias concebidas sem pecado”, de 1937, o melhor.

No documentário “Só dez por cento é mentira”, lançado em 2008 por Pedro Cezar, indagado sobre como gostaria de ser lembrado, Manoel ri, coça o peito e diz que a pergunta é cruel.

Já mais sério, fala que o único jeito é pela poesia. 

A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre. 

Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. 

Eis a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste.

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