OPERAÇÃO 'LAVA JATO'
Baiano e Bumlai ficarão frente a frente em acareação na PF
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o lobista Fernando Baiano vão ficar cara a cara em acareação na Polícia Federal.
É a primeira vez, desde que o pecuarista foi preso no mês de novembro, em que os dois vão se encontrar.
Baiano aponta Bumlai como um intermediário do PT ligado ao Planalto no esquema de corrupção da Petrobras.
A acareação será no inicio de janeiro, mas a data é mantida em sigilo.
Em delação premiada, Baiano disse que repassou R$ 2 milhões ao pecuarista.
Os recursos, segundo o lobista, teriam sido usados para pagar uma dívida imobiliária de um apartamento de uma nora de Lula.
Bumlai nega que tenha pago alguma dívida de familiares do ex-presidente.
Lula negou qualquer tipo de envolvimento e de seus familiares em transações financeiras com Bumlai e Baiano.
Além dessa divergência, a PF também quer saber quem está falando a verdade sobre o papel do ex-ministro Antonio Palocci numa suposta transação de propina para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.
Em depoimento à PF, Bumlai negou ter promovido uma aproximação entre Palocci e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Baiano diz que foi o pecuarista quem fez a ponte entre os dois.
Os dois serão ouvidos no inquérito que investiga o suposto pagamento de R$ 2 milhões à Palocci para abastecer a campanha presidencial do PT em 2010.
O inquérito está em Curitiba desde março quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, remeteu as investigações para o juiz Sérgio Moro.
As suspeitas sobre Palocci no esquema de corrupção da Petrobras apareceram durante o depoimento, em delação premiada, do ex-diretor Paulo Roberto Costa.