quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

OPERAÇÃO LAVA JATO

Moro autoriza inquérito específico sobre sítio

frequentado por Lula



O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em 1º grau, autorizou a abertura de inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
A força-tarefa do Ministério Público Federal suspeita que empreiteiras - como OAS e Odebrecht - tenham realizado obras na propriedade como compensação por contratos com o governo. 
O pecuarista José Carlos Bumlai - já investigado na Lava Jato - também pode ser alvo do inquérito por ter, conforme as apurações, emprestado um arquiteto para a obra. 
Até então, as suspeitas eram investigadas em um inquérito que tem como alvo apenas executivos da OAS. 
Moro autoriza inquérito específico sobre sítio frequentado por Lula
Foto: Jefferson Coppola/VEJA
Estavam sendo apuradas inicialmente suspeitas de crimes de peculato (apropriação de bem por agente público e seus cúmplices) e lavagem de dinheiro. 

Com a decisão, um novo inquérito - sigiloso - foi aberto. 

Além das obras supostamente realizadas por empreiteiras acusadas de fatiar obras na Petrobrás mediante o pagamento de propinas, a força-tarefa da Lava Jato investiga quem são os donos do sítio e quais as relações do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Lula, com a compra e a reforma do Sítio Santa Bárbara. 

A propriedade está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), e do empresário Jonas Suassuna - sócio de um dos filhos de Lula. 

O negócio foi formalizado em 29 de outubro de 2010 no escritório de Teixeira, padrinho do filho caçula do ex-presidente, Luis Claúdio. 

A família de Lula usa frequentemente o sítio, que foi reformado em 2011, após sua compra.

RODÍZIO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA