quarta-feira, 2 de março de 2016

OPERAÇÃO LAVA JATO

Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro 

decide fazer delação premiada





O ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo de delação premiada. 

A informação é do jornal Folha de S. Paulo, após contato com profissionais e investigadores que acompanham as negociações. 
Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro decide fazer delação premiada
Foto: Beto Barata/ Veja
A expectativa é de que Pinheiro fale de assuntos ligados ao ex-presidente Lula, como a reforma do tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia (SP), e sobre propinas pagas pela Odebrecht a parlamentares que defendiam interesses da OAS. 

Pinheiro era um dos empreiteiros mais próximos a Lula e de outros políticos em Brasília. 

Como envolve políticos com foro privilegiado, as negociações em torno da delação premiada estão a cargo da Procuradoria Geral da República (PGR) de Brasília, no lugar da força-tarefa de Curitiba (PR). 

O acordo está sendo esperado como um dos mais bombásticos da Lava Jato e já soma 40 colaboradores da empreiteira, incluindo executivos como Agenor Franklin Magalhães Medeiros, relatando casos de corrupção. 

Os esboços do depoimento já estão sendo redigidos esta semana. 

Segundo a Folha, Pinheiro deve afirmar que a reforma no apartamento do Guarujá foi feita para Marisa Letícia, mulher de Lula, que posteriormente não quis ficar com o imóvel.

Pinheiro deve confirmar que bancou parte das obras do sítio, num consórcio informal entre a OAS, Odebrecht e Usina São Fernando, esta de José Carlos Bumlai, amigo do petista.

Conforme a Folha, Pinheiro deve contar também que pagou dívidas da campanha de Dilma Rousseff de 2010 para a agência Pepper. 

Ao todo, teriam sido pagos R$ 717 mil para a agência que cuidava da imagem da presidente nas redes sociais.

A estimativa da PF é de que 80 mil mensagens de Pinheiro tenham vindo à tona.

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