quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

GOVERNO  X  SERVIDORES

Chega ao Congresso projetos sobre reajustes negociados com servidores



O governo enviou ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira, 30, os projetos de lei relativos às negociações salariais de 2015. 

A maior parte dos servidores assinou acordos prevendo reajuste escalonado em dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. 

O aumento totaliza 10,8%, porque a segunda parcela incidirá sobre o valor do salário já reajustado.
Resultado de imagem para fotos de servidores federais em serviço
Conforme o Ministério do Planejamento,  assinaram  acordo  1,1 milhão de servidores, o que representa cerca de 90% do quadro civil do executivo federal, tanto de aposentados quanto na ativa. 

As carreiras que não chegaram a um entendimento com o governo em 2015 foram Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diplomatas, peritos federais agrários e analistas de infraestrutura e de políticas sociais.

De acordo com o Planejamento, as negociações com as representações desses servidores continuarão em 2016. 


Além do reajuste de 10,8%, os servidores terão atualização dos valores do auxílio-alimentação (R$ 373 para R$ 458), da assistência à saúde (o valor médio passará de R$ 117,78 para R$ 145) e da assistência pré-escolar (o valor médio sobe de R$ 73 para R$ 321).

Os servidores receberão a primeira parcela do ajuste somente em agosto, e não em janeiro, como parte do ajuste fiscal do governo para tentar garantir superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) em 2016. 


Além do adiamento, a primeira parcela do aumento está abaixo da inflação acumulada em 2015. 

A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) soma alta de 10,48% em 12 meses até novembro.

PARA EVITAR CPI

Delator fala em menções a pagamento de R$ 2 milhões a Renan Calheiros 



Em delação premiada, Carlos Alexandre de Souza Rocha, um dos entregadores de dinheiro de Alberto Youssef, cita conversas em que o doleiro mencionou pagamentos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). 

Rocha, conhecido como Ceará, disse que em "várias vezes" ouviu Youssef falar no nome do peemedebista. Em uma delas, Youssef teria dito que repassaria R$ 2 milhões a Calheiros para evitar a instalação de uma CPI da Petrobrás.

Delator fala em menções a pagamento de R$ 2 milhões a Renan Calheiros para evitar CPI | Foto: Wilson Dias / ABR / CP

O entregador de dinheiro não soube precisar aos investigadores o ano em que a conversa teria ocorrido, tampouco se o pagamento foi feito. 

De acordo com ele, a CPI não foi instalada naquela ocasião. 

Renan Calheiros já é alvo de ao menos seis inquéritos perante o Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. 


Entre as apurações envolvendo o peemedebista, está a investigação por suposta formação da quadrilha.

No depoimento à Procuradoria-Geral da República, o entregador de dinheiro de Youssef também menciona uma operação com entrega de R$ 1 milhão em Maceió, Alagoas - Estado de Calheiros.


O dinheiro foi entregue em duas parcelas, em um saguão de hotel, a um homem que o emissário de Youssef não sabe identificar.

A terceira menção a Calheiros feita pelo delator menciona uma operação de venda da empresa Marsans, adquirida por Youssef, a um fundo de pensão. 


Os depoimentos de Ceará foram prestados entre o final de junho e o início de julho deste ano, na Procuradoria-Geral da República. 

As declarações foram mantidas sob sigilo até este mês, quando o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, retirou o segredo da documentação.

A defesa de Calheiros afirmou que não teve acesso ainda ao depoimento e que o senador prestará esclarecimentos quando tiver a delação em mãos. 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Muitos jornalistas morreram no exercício da profissão em 2015





Sessenta e sete jornalistas foram mortos em todo o mundo em 2015 no exercício da profissão, de uma lista de 110 profissionais que perderam a vida em circunstâncias pouco claras, segundo balanço divulgado  pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF). 

Os dados mostram que, além desses, também morreram 27 blogueiros e outros sete colaboradores de meios de comunicação social, elevando para 787 o número de profissionais da área mortos na última década. 


Liberdade de expressão: 67 jornalistas morreram no exercício da profissão em 2015
                  Foto: Alexander Klein/AFP

O Iraque teve o maior número de jornalistas mortos em 2015 (nove confirmados de 11 possíveis), seguido da Síria (nove confirmados de dez possíveis), ambos palco de conflitos armados e com a presença do grupo extremista Estado Islâmico (EI). 

A França subiu ao terceiro lugar (oito vítimas), após o atentado terrorista contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em 7 de janeiro. 

A lista negra segue com o Iémen, o Sudão do Sul, a Índia e o México. 

Ao contrário do que aconteceu em 2014, a maioria das vítimas neste ano era jornalista local (97%) que trabalhava fora de zonas de conflito (64%). 

No ano passado, a maior parte dos 66 jornalistas mortos foi assassinada em áreas de guerra. 

Os reféns encontram-se na Síria (26), Iémen (13), Iraque (10) e Líbia (5).

Alguns dos presos estão sobretudo na China (23), no Egito (22), Irã (18) e na Turquia (9). 

Os 66 restantes estão presos pelo resto do mundo.    
THE ECONOMIST
Revista trata situação do Brasil como 'lista de calamidades sem precedentes'


Um artigo publicado nesta quarta-feira (30) pela revista inglesa 'The Economist' aponta que a presidente Dilma Rousseff governa o Brasil sobre uma “lista de calamidades sem precedentes”. 


The Economist trata situação do Brasil como ‘lista de calamidades sem precedentes’
                Foto: Reprodução/ The Economist

A publicação que já tratou o país como uma potência econômica em ascensão no passado, prevê um recrudescimento de 8% da economia brasileira em 2016, se comparado ao primeiro trimestre de 2014, último período em que o país teria visto crescimento. 

The Economist cita ainda as tensões entre Dilma e a Câmara Federal, na pessoa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), lembrando-o como correligionário do vice-presidente da República, Michel Temer. 

Cunha aparece ainda como um dos investigados do escândalo de corrupção na Petrobras – apesar de negar. 

A revista trata, também, o Brasil como um país familiarizado com crises, elencando o impeachment de Fernando Collor em 1992 e o mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Para a publicação, o petrolão guarda similaridades com o mensalão e é um dos responsáveis pela crise política e econômica.

RODÍZIO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA