UM MITO NA VIDA REAL
Não valeria pela metade.
E ele a teve inteira até o 1º de maio de 1994, quando entrou para a
história.
Há 20 anos o mundo assistia ao Brasil sofrer a perda de um de seus mitos da vida real.
Um dos maiores ícones do esporte nacional morria aos 34 anos, após acidente no GP de San Marino de Fórmula 1.
Surgia ali um herói para o imaginário nacional
A construção de um ídolo precisa, sobretudo, de vitórias.
Para o jornalista Flávio Gomes, que cobriu de perto a carreira do piloto, o mito se dá pelo que foi construído em volta de Senna.
Era bom piloto, o terceiro na “linhagem” de campeões mundiais que o Brasil produziu a partir da década de 1970, com Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
“Do ponto de vista esportivo, Senna foi mais ou menos a mesma
coisa que os dois.
É uma questão de gosto preferir um ou outro.”
Senna tinha a mídia a seu lado, lembra Gomes.
“A imagem de beato foi construída pela necessidade que a Globo
tem de enfiar goela abaixo um ídolo esportivo”, critica.
Ele não era desonesto, tampouco imaculado.
“Não há, na história da F-1, nenhum santo que ganhasse corrida.
Ele era tão duro quanto os pilotos da época dele”. conclui Flávio Gomes.
Surgia ali um herói para o imaginário nacional
positivo no fato dele ter sofrido um acidente e perdido a
vida, mas isso também significa que não assistimos ao seu
declínio.
Muitos pilotos acabam permanecendo por tempo demais no
esporte, o que acaba afetando sua própria imagem”, afirma Ron Dennis, chefe da McLaren em nota no site da equipe.
A construção de um ídolo precisa, sobretudo, de vitórias.
Para o jornalista Flávio Gomes, que cobriu de perto a carreira do piloto, o mito se dá pelo que foi construído em volta de Senna.
Era bom piloto, o terceiro na “linhagem” de campeões mundiais que o Brasil produziu a partir da década de 1970, com Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
“Do ponto de vista esportivo, Senna foi mais ou menos a mesma
coisa que os dois.
É uma questão de gosto preferir um ou outro.”
Senna tinha a mídia a seu lado, lembra Gomes.
“A imagem de beato foi construída pela necessidade que a Globo
tem de enfiar goela abaixo um ídolo esportivo”, critica.
Ele não era desonesto, tampouco imaculado.
“Não há, na história da F-1, nenhum santo que ganhasse corrida.
Ele era tão duro quanto os pilotos da época dele”. conclui Flávio Gomes.