NOVO MINISTRO DA FAZENDA
Primeiros atos enfurecem movimentos sociais contra o impeachment
As primeiras ações do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, incomodam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A recepção também tem sido negativa junto ao mercado, à base histórica do PT e aos movimentos sociais pró-Dilma.
Lula pressiona o governo a anunciar, nos primeiros dias de 2016, medidas concretas que sinalizem mudanças na política econômica rumo à retomada do crescimento.
Segundo ele, a criação de expectativas positivas no início do ano é fundamental para garantir o apoio popular à presidente Dilma Rousseff na batalha contra o impeachment.
Lula relata que o início da gestão de Barbosa no ministério conseguiu desagradar tanto à direita quanto à esquerda.
O mercado financeiro reagiu mal e a resposta foi uma alta no preço do dólar e queda das ações na bolsa.
Também o anúncio de se fazer uma reforma na Previdência enfureceram os movimentos sociais que saíram às ruas para protestar contra o impeachment de Dilma.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Vagner Freitas, distribuiu uma nota com fortes críticas ao início da gestão Barbosa.
"Muda o ministro mas não muda a política econômica.
Era justamente isso que temíamos" - disse Freitas, em tom de ameaça.
Responsável pela mobilização dos maiores contingentes de militantes pró-Dilma, o presidente da CUT diz que ela corre o risco de perder o apoio nas ruas e, por conta disso, também o mandato presidencial.
"As ruas só vão defender o projeto democrático popular se tiverem o que defender", disse o sindicalista, que tem acesso direto a Lula.
O ex-presidente tem buscado ministros para tentar convencer Dilma a anunciar medidas concretas nos próximos dias e dar um novo discurso a Barbosa.
Por enquanto, estão na lista uma reforma da Previdência em acordo com empresários e empregados e a adoção de medidas para destravar concessões públicas.
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