'É GUERRA, ...Quem tiver artilharia mais forte ganha', diz Lula | |
O ex-presidente Lula comparou-se ao general Vo Nguyen Giap, comandante do Exército do Povo do Vietnã, ao declarar "guerra" aos investigadores da Operação Lava Jato - que investiga supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo o petista e sua família.
"É o seguinte, meu filho, eu tô com a seguinte tese: é guerra, é guerra e quem tiver artilharia mais forte ganha", declara Lula, em conversa por telefone com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), monitorada com autorização da Justiça Federal, do Paraná.
O parlamentar responde ser aliado nessa batalha.
"Presidente estamos nessa guerra também, não tenho nada a perder."
Os dois falam da persecução criminal em andamento em Curitiba e em Brasília contra o ex-presidente Lula e pessoas ligadas a ele, incluindo seus filhos.
Os grampos foram autorizados pelo juiz dos processos em primeira instância da Lava Jato - na fase que antecedeu a Operação Aletheia, deflagrada em 4 de março, onde o ex-presidente foi o principal alvo.
Levado coercitivamente para depor, reagiu publicamente com ataques aos investigadores, a quem classificou de "um bando de loucos".
Lula faz referência ao estrategista de guerra vietnamita:
"Você pode me chamar até de general Giap.
Nós já derrotamos os americanos, os chineses, os franceses e estamos para derrotar a Globo agora".
No grampo da Lava Jato o ex-presidente conta ao senador ter conhecido o lendário general Giap.
"Foi lá no Vietnã, estava bem velhinho já, levei a Dilma (Rousseff) para conversar com ele."
Giap trabalhou como jornalista, antes de entrar para o Partido Comunista Indochinês.
"Vamos levar essa luta", responde o senador petista - também alvo de investigação da Lava Jato e com o nome citado por delatores.
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sexta-feira, 25 de março de 2016
terça-feira, 22 de março de 2016
AFRONTANDO A JUSTIÇANo Diário Oficial, Lula é identificado como ministro chefe da Casa Civil | |
Apesar da suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil, por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o governo Dilma Rousseff trata Lula oficialmente como o titular da pasta.
Desde a quinta-feira passada, 18, o expediente do Diário Oficial da União (DOU) identifica o ex-presidente como ministro de Estado chefe da Casa Civil.
A Imprensa Nacional, responsável pela edição do DOU, é subordinada à Casa Civil.
Lula está em Brasília e tenta exercer uma espécie de articulação informal do governo Dilma enquanto segue o imbróglio jurídico em torno de sua posse para a Casa Civil.
O impasse deve ser resolvido apenas na semana que vem, quando o Supremo volta a ter sessões.
Na madrugada, o ministro Luiz Fux do STF, negou o pedido do governo para anular a decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ministério.
O pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lula caiu nas mãos da ministra Rosa Weber, que também já negou o pedido contra a decisão de Gilmar Mendes.
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segunda-feira, 21 de março de 2016
PRESIDENTE INTERINO
Temer pode assumir mesmo depois do
PMDB deixar de apoiar o governo
Uma viagem da presidente Dilma Rousseff para os Estados Unidos no final do mês pode causar uma situação inusitada dentro do Palácio do Planalto.
No dia 29 de março, o PMDB vai decidir se vai romper o apoio ao governo.
Foto: Lula Marques
Dessa forma, Michel Temer pode se tornar presidente interino enquanto Dilma estiver em solo americano, mesmo com o seu partido fora da base.
Segundo assessores, a presidente deve embarcar para os Estados Unidos entre os dias 30 e 31 deste mês, mas também há a possibilidade que a viagem seja cancelada.
A reunião do PMDB para definir se deixa o apoio ao governo deve ser presidida pelo próprio Temer e foi marcada durante a convenção nacional da legenda, que aconteceu no último dia 12 de março.
NA LAVA JATO
PF indicia Roberto Britto, Negromonte e
Negromonte Jr
A Polícia Federal indiciou os ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti(atual secretário extraordinário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia) e os deputados Mário Negromonte Júnior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA).
Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Negromonte, Negromonte Jr. e Britto | Foto: Montagem
A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça.
A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato, fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado João Argolo e seus familiares na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada.
A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobras com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez.
O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da Lava Jato.
Pizzolatti e Mario Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de 8 anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões em recursos efetivamente desviados da Petrobras, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.
As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em espécie aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas.
O inquérito aponta que havia pagamentos extraordinários e individuais que chegavam a até R$ 5,5 milhões para os líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte.
De acordo com a PF, o PP chegou a receber valores de até R$ 28 milhões em doações das empreiteiras nas eleições de 2010, proveniente de pagamento de propina, como uma estratégia de ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos.
Os inquéritos seguem para o Supremo Tribunal Federal.
A Procuradoria-Geral da República poderá oferecer denúncia contra os investigados.
OPERAÇÃO LAVA JATO
STF autoriza três novos inquéritos
contra Renan Calheiros
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou, nesta segunda-feira (21), a abertura de três novos inquéritos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para investigar o suposto envolvimento do político na Lava Jato.
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Zavascki, que é relator dos casos da operação na corte, atendeu a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal(PF), ao abrir inquérito para apurar trecho da delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, no qual ele diz ter entregue R$ 1 milhão ao senador.
Calheiros será investigado por lavagem de dinheiro e corrupção.
Para a PGR, há suspeita de repasse, "de forma oculta e disfarçada, de vantagem pecuniária indevida ao parlamentar".
Em outro despacho, do dia 16 de março, o ministro atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e da PF que pediu a divisão do inquérito inicial que investigava o peemedebista e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), para abertura de duas novas linhas de investigação sobre o envolvimento dos congressistas com o esquema de corrupção da Petrobras.
Dessa forma, Renan passa a ser alvo de nove inquéritos da Operação Lava Jato no STF.
JANELA PARTIDÁRIA
Cinco deputados trocam de legenda na Assembleia Legislativa
Cinco deputados trocam de legenda na Assembleia Legislativa
Nakamura Black
A chamada janela partidária provocou a mudança de partido de 5 dos 36 deputados da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Promulgada em 18 de fevereiro último, a Emenda Constitucional nº 96/2016 definiu 30 dias para que detentores de cargo eletivos mudassem de legenda sem risco de perder o mandato.
O prazo terminou no sábado (19).
Na Assembleia, o deputado Gervásio Maia trocou o PMDB do senador José Maranhão pelo PSB do governador Ricardo Coutinho.
Além de Gervásio, o PSB lucrou mais uma cadeira com a entrada do deputado Zé Paulo (de Santa Rita), que deixou o PCdoB.
O PP dos deputados Aguinaldo Ribeiro (federal) e Daniella Ribeiro(estadual), ganhou o deputado José Aldemir (José Aldemir Meireles Almeida) que deixou o PEN.
O DEM perdeu o deputado Lindolfo Pires, que passou para o Partido Solidariedade, PROS.
O PSD, com a saída do Dep. João Gonçalves para o PDT, ficou sem nenhum representante na Assembleia Legislativa.
domingo, 20 de março de 2016
IMPEACHMENT DE DILMA
OAB nacional apoiará processo
O Conselho nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Vinte e seis bancadas decidiram acompanhar o voto do relator da comissão, o advogado Erick Venâncio, sendo registradas apenas duas divergências.
“Essa é uma decisão muito séria”, disse o presidente da OAB-Br, Claudio Lamachia, após o fim da sessão, seguida por palmas.
Ele ressaltou que a decisão foi tomada através de um processo “democrático, responsável e técnico” que envolveu todas as seccionais.
A diretoria da entidade orientou aos 27 presidentes que debatessem o assunto com seus conselheiros.
No início da sessão, o advogado Erick Venâncio leu o relatório da comissão, argumentando que a presidente cometeu crimes de responsabilidade.
Segundo ele, Dilma autorizou as chamadas “pedaladas fiscais”, concedeu renúncia fiscal à realização da Copa do Mundo/2014 e, supostamente, interferiu na Operação Lava Jato (de acordo com a delação do senador Delcídio do Amaral).
Em 1992, a OAB teve importante papel no processo impeditivo do então presidente Fernando Collor, ao dar início ao "Movimento pela Ética na Política" junto a outras entidades civis.
À época, o movimento levou à criação de comissão especial na Câmara dos Deputados que emitiu parecer sobre a denúncia de crime de responsabilidade contra Collor e abriu o processo de impeachment.
sábado, 19 de março de 2016
DILMA DEIXA O GOVERNO EM ABRIL
Pai de Santo vê 'Lula se entregar' e
novas eleições
Contratado pelo PT de Pernambuco para tentar barrar, pela via espiritual, o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o pai de santo Carlos de Xangô não tem boas notícias para os petistas.
De acordo com o babalorixá, que não tem nenhuma filiação partidária, a revelação dos búzios indica que a petista deve cair entre os dias 4 ou 5 de abril.
Carlos de Xangô afirma ter sido responsável por um trabalho que tirou Severino Cavalcanti da presidência da Câmara dos Deputados, além de prever a morte do ensaísta, dramaturgo, romancista e poeta paraibano Ariano Suassuna.
“Joguei o futuro de Dilma na mão de Xangô... arriei o ebó e pedi que, se ela fosse inocente, ficasse.
Mas a pressão está muito grande e ela não vai chegar até o dia 5 ou 4 de abril no poder”, previu.
Segundo o líder espiritual, o vice-presidente da República, Michel Temer, também não irá assumir, e serão convocadas novas eleições.
“Com a saída de Dilma, a pressão sobre Lula vai ser muito forte e ele vai se entregar à polícia”, antecipa o Pai de Santo.
Foi Carlos de Xangô quem também - através de ebós - ajudou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) a vencer a eleição no estado.
quarta-feira, 2 de março de 2016
OPERAÇÃO LAVA JATO
Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro
decide fazer delação premiada
O ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo de delação premiada.
A informação é do jornal Folha de S. Paulo, após contato com profissionais e investigadores que acompanham as negociações.
Foto: Beto Barata/ Veja
A expectativa é de que Pinheiro fale de assuntos ligados ao ex-presidente Lula, como a reforma do tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia (SP), e sobre propinas pagas pela Odebrecht a parlamentares que defendiam interesses da OAS.
Pinheiro era um dos empreiteiros mais próximos a Lula e de outros políticos em Brasília.
Como envolve políticos com foro privilegiado, as negociações em torno da delação premiada estão a cargo da Procuradoria Geral da República (PGR) de Brasília, no lugar da força-tarefa de Curitiba (PR).
O acordo está sendo esperado como um dos mais bombásticos da Lava Jato e já soma 40 colaboradores da empreiteira, incluindo executivos como Agenor Franklin Magalhães Medeiros, relatando casos de corrupção.
Os esboços do depoimento já estão sendo redigidos esta semana.
Segundo a Folha, Pinheiro deve afirmar que a reforma no apartamento do Guarujá foi feita para Marisa Letícia, mulher de Lula, que posteriormente não quis ficar com o imóvel.
Pinheiro deve confirmar que bancou parte das obras do sítio, num consórcio informal entre a OAS, Odebrecht e Usina São Fernando, esta de José Carlos Bumlai, amigo do petista.
Conforme a Folha, Pinheiro deve contar também que pagou dívidas da campanha de Dilma Rousseff de 2010 para a agência Pepper.
Ao todo, teriam sido pagos R$ 717 mil para a agência que cuidava da imagem da presidente nas redes sociais.
A estimativa da PF é de que 80 mil mensagens de Pinheiro tenham vindo à tona.
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