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Brilhantismo reconhecido em todo o mundo |
Pilar internacional da Semiologia, disciplina que marcou os estudos de Comunicação no mundo, Eco também deixa um imenso e singular legado sobre estudos de estética.
Eco foi um intelectual brilhante, reconhecido por sua obra sobre a estética medieval e sobre a filosofia da arte.
Nasceu em Alexandria (imediações de Turin), em 1932, e diplomou-se em Filosofia em 1954 na Universidade de Turin.
Nos anos de 1960, Eco se transformou em uma referência mundial na Teoria da Comunicação integrando à chamada Escola Sociológica Europeia, da qual faziam parte nomes como Edgar Morin, Jean Baudrillard ou Roland Barthes.
Em "O Nome da Rosa", de 1980, fez convergir em uma história de ficção várias de suas áreas de interesse: a história, a filosofia, a estética medieval e a semiótica.
Sucesso extraordinário de público e crítica, com mais de 17 milhões de livros vendidos, o thriller policial medieval venceu, entre outros, o Prêmio Médicis de Melhor Romance estrangeiro em 1982.
Em 1986, seu livro foi adaptado para o cinema por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery e Christian Slater.
A carreira de ficção continuou com "O Pêndulo de Foucault" e "A Ilha do Dia Anterior", romances cuja publicação foi esperada em todo o mundo.
Em 2015, no seu último romance, "Número Zero", que se passa em 1992, Eco revê a história de seu país a partir do fim da 2ª Guerra Mundial.
Mesmo crítico, Eco jamais abandonou sua paixão pela informação, pelo jornalismo e pela comunicação - iniciado em 1955, como assistente em programas culturais da rede de televisão RAI.
Até por admirá-la, o autor lamentava a recente pulverização da informação nas novas tecnologias e, sobretudo, a superficialidade de alguns veículos de mídia.
"A imprensa exigente deve aprofundar a atualidade, abrir espaço às ideias", pregou em entrevista ao jornal Le Monde em maio passado, com absoluta clareza de raciocínio.
Eco sofria de câncer e faleceu às 22h30 de sexta-feira, em sua casa, segundo a família confirmou ao jornal La Repubblica.