O atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Antonio Dias
Toffoli, pretende aprovar nesta semana uma espécie de anistia para
partidos políticos.
A proposta, de sua autoria, prevê que as prestações
de contas das siglas anteriores a 2009 que ainda não foram julgadas
deixem de ser analisadas pela corte definitivamente.
Agência Brasil |
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Ministro José Antonio Dias Toffoli,
escolhido no governo Lula, pretende perdoar dívidas de partidos,
beneficiando o próprio PT e os débitos de 2008 |
Se a medida passar pelo plenário, o TSE deixará de analisar, por exemplo, as contas do PT relativas ao ano de 2008, em que técnicos apontaram irregularidades na aplicação do Fundo Partidário e recomendaram por duas vezes a rejeição dessas contas.
Quando há rejeição de contas, a legenda pode ser punida com a suspensão do recebimento dos recursos do Fundo Partidário pelo período de 1 a 12 meses.
Entre os problemas encontrados nas contas de 2008 do PT, sigla da
presidente Dilma, está o uso de R$ 320 mil do Fundo Partidário
para pagar Marcos Valério Fernandes de Souza.
Condenado a 37 anos, 4
meses e 11 dias de prisão por participação no mensalão, o empresário
cumpre pena desde novembro do ano passado.
Além do PT e do PV, pelo menos outros cinco partidos
se beneficiariam com a medida: DEM, PSDB, PMDB, PCO e PSL.
Pela lei atual, as contas partidárias anteriores a 2009
podem ficar para sempre na fila.
A partir de 2009, porém, o TSE
instituiu uma regra segundo a qual se não julgar uma conta em no máximo
cinco anos, ela prescreve.
Isso é usado como argumento dos ministros do
TSE favoráveis à proposta de Toffoli.
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