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Está difícil estabelecer uma fronteira entre o comportamento ridículo de parlamentares governistas na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e o clima de pânico estabelecido na cidade de Campina Grande, que tem convivido com assassinatos dentro de escolas e nas ruas, rebelião nos presídios e ônibus incendiados em áreas periféricas e carentes da Rainha da Borborema.
Parlamentares novatos – como Estelizabel Bezerra, Estela Bezerra (PSB) – e outros experientes – como Anísio Maia (PT), (Gabinete Anísio Maia) – usaram argumentos pífios para tentar empanar a realidade que vem atormentando a população campinense, atribuindo o clima de pânico a “boatos”.
Seria cômico se não fosse ridículo, porque nenhum dos dois tem atuação política naquele município.
O que está acontecendo em Campina é apenas o resultado da falta de política pública na segurança.
Esse é um setor praticamente nulo na Paraíba, com a Polícia se desdobrando para atender à demanda, mas não encontra apoio da cúpula que vive se amparando em estatísticas duvidosas e constantemente desmentidas por organismos nacionais e internacionais.
Há poucos dias o líder da oposição na Casa Epitácio Pessoa, Renato Gadelha, denunciou da tribuna que médicos de Campina Grande estavam indo trabalhar armados, procurando se proteger dos bandidos.
O que disse – ou fez – o Governo?
Nada.
Logo depois houve o assassinato a tiros de um garoto em plena quadra de esportes da escola.
O que fez a segurança?
Nada.
O caldo entornou de vez quando um professor foi assassinado a tiros dentro de uma escola em Campina Grande quando corrigia provas
O que fez o Governo?
Distribuiu uma nota se solidarizando com a família da vítima.
Poucas horas depois estourou uma rebelião no principal presídio da cidade – o Serrotão – e ônibus foram incendiados na periferia.
Só quando o caos foi estabelecido em CG é que a cúpula da Polícia Militar se deslocou para a Serra.
O que representa esse deslocamento?
Falta de sensibilidade para o que estava em gestação nas entranhas da bandidagem e total ausência de planejamento nas ações que poderiam pelo menos minimizar os efeitos da confusão estabelecida em seguida aos lamentáveis fatos.
O que se destaca desse quadro, entretanto, é ver o quanto é medíocre o quadro de conselheiros do governador Ricardo Coutinho (PSB) para o enfrentamento de situações delicadas como esta de Campina Grande.
O chefe do Executivo delega poderes para quem não sabe usá-los e ainda recebem o socorro de políticos que atribuem o caos a quem denuncia o surgimento de uma Babel campinense em vez de sair em socorro da população que lhes outorga os mandatos.
É devido a políticos desprovidos de pudor e de respeito aos cidadãos que o eleitor há muito vem se manifestando nas ruas.
O que será preciso para sensibilizar as autoridades?
Hoje é Campina Grande, mas amanhã pode ser em João Pessoa, Patos, Guarabira ou Sousa.
E aí, vai-se colocar a culpa novamente em “boatos”?
O que se observa é que o cidadão paraibano, em matéria de segurança, está órfão.
E, além disso, amedrontado e enjaulado em casa.
Vítima dos raciocínios medíocres de quem é pago para representa-lo.
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