ITÁLIA QUER SABER SE PRESÍDIOS TÊM CONDIÇÕES DE RECEBER PIZZOLATO
O ministério público da Itália pediu ao
governo brasileiro que esclareça se os presídios têm condições de
receber o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato,
condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, caso ele seja
extraditado para o Brasil.
À Procuradoria-Geral da República (PGR), as autoridades italianas pedem a indicação de um presídio onde Pizzolato possa cumprir a pena com garantia dos "direitos fundamentais da pessoa humana".
Com base no pedido, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, pediu ao ministério da Justiça, e ao
presidente do STF, Joaquim Barbosa, a indicação de um presídio
localizado no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Distrito Federal.
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, Henrique Pizzolato estava foragido desde novembro de 2013 e foi preso em fevereiro, em Maranello, na Itália.
O pedido de extradição foi elaborado pela PGR e entregue ao governo italiano pelo ministério das Relações Exteriores.
No entendimento da procuradoria, mesmo tendo cidadania italiana, Pizzolato pode ser extraditado para o Brasil.
“O tratado de extradição firmado em 1989 entre Brasil e Itália não veda totalmente a extradição de italianos para o Brasil, uma vez que cria apenas uma hipótese de recusa facultativa da entrega.
O Código Penal, o Código de Processo Penal e a Constituição italiana admitem a extradição de nacionais, desde que expressamente prevista nas convenções internacionais”, diz a PGR.
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